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Nascimento e Aleitamento
Em regra, ao fim de 38 semanas o feto está pronto para o nascimento e inicia-se o trabalho de parto, que corresponde a uma conjunto de fenómenos que decorrem em três fases:
- Dilatação do colo uterino;
- Expulsão da criança;
- Expulsão da placenta e dos anexos fetais.
O trabalho de parto é o resultado de contracções do endométrio em que estão envolvidos diversos factores.
Esquema síntese:
No final da gestação ocorre a diminuição da taxa de progesterona ao nível do endométrio, o que induz ao domínio dos estrogénios. Esta dominância do teor de estrogénios estimula a contracção dos músculos uterinos, o que favorece a deslocação do feto para o colo uterino. A pressão exercida sobre o colo uterino desencadeia o envio de mensagens nervosas ate ao hipotálamo, no qual se produz a neuro-hormona oxitocina, que e libertada ao nível da hipófise posterior.
A oxitosina vai estimular as contracções do endométrio que aumentam de frequência e de vigor. O aumento de contracções faz aumentar, por sua vez, a libertação de oxitocina, que estimula uma contracção muscular mais vigorosa e que continua até à expulsão da criança. A oxitocina desencadeia um mecanismo de feedback positivo fundamental para o nascimento.
Após expulsão da criança é cortado o cordão umbilical e o recém nascido passa a ter vida livre, embora ainda muito dependente.
O recém nascido recebe uma alimentação láctea. A amamentação pela mão assegura-lhe um desenvolvimento equilibrado durante os primeiros meses.
Apesar de o desenvolvimento das gandulas mamarias se efectuar, em regra, durante a gestação, a secreção de leite só ocorre após o nascimento.
A produção de leite é controlada por variadas substâncias, entre as quais, a hormona prolactina, que é produzida ao nível da hipófise anterior. No entanto, os níveis elevados de estrogénios e progesterona, que existem durante a gestação, exercem uma retroacção negativa sobre a secreção dessa hormona. Em consequência do rectrocontrolo, a prolactina não chega às glândulas mamarias e estas não produzem leite. Após o nascimento, com a expulsão da placenta verifica-se a queda de estrogénios e progesterona que deixa de manifestar um feedback negativo exercida por essas hormonas sobre o complexo hipotálamo-hipófise.
Com a chegada de prolactina às glândulas mamárias, estas iniciam a sua actividade secretora, mas a sua secreção não aumenta nem se mantém se não for estimulada pelas mamadas do bebe que induzem dois reflexos neuro-hormonais independentes.
A saída de leite ao nível dos mamilos é sequência da sucção efectuada pelo bebé, a qual desencadeia um mecanismo neuro-hormonal. Este inicia-se com um estimulo de terminações nervosas existentes na zona do mamilo e a condução dessa informação por nervos sensitivos até ao hipotalamo. A recepção dessa informação desencadeia a actividade de neurónios hipotalamicos produtores de oxitocina, a qual é libertada ao nível da hipófise posterior. As células alvo desta hormona, localizadas nas glândulas mamarias, são então estimuladas, contraem-se e ocorre o fluxo do leite.
A informação sensorial centripta desencadeada pela sucção provoca também a produção e libertação de prolactina, que induz a lactação pelas células secretoras das glândulas mamarias. Assim, a manutenção da produção de leite é controlada pela actividade da criança que dela beneficia.
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