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Mendel
Se num agradável dia de verão, quase um século atrás, passasses no mosteiro agostiniano próximo a Brunn, na Morávia - hoje, na República Tcheca- talvez te deparasses com um monge baixo trabalhando numa faixa estreita de jardim ao longo do muro. Ficaria intrigado com as estranhas experiências que ele fazia. É difícil imaginar o quanto esse monge estava à frente de seu tempo. Ele não misturou a sua fé com a ciência, mas conservou ambos em compartimentos separados de sua mente. Hoje, aquela faixa de terra é um local histórico e nela ergueu - se um monumento ao incrível e habilidoso monge: Gregor Mendel.
Ano após ano, Mendel ia conservando cuidadosamente os registros dos ancestrais das linhagens das ervilhas híbridas - os seus "bebês", como ele gostava de chamar. Dessa forma, descobriu que as diferentes cores e texturas (por exemplo, lisas ou enrugadas) das sementes, assim como as características das flores e os hábitos de crescimento, eram herdados independentemente, como unidades puras, e reapareciam nas gerações seguintes, em determinadas relações que podiam ser preditas matematicamente.
Ele realizou posteriormente experiências similares com muitas outras espécies de plantas: feijões, chicória, bocas-de-dragão, plantas frutíferas - e também com abelhas e camundongos. As "leis mendelianas" estabeleceram a base para o estudo exacto da hereditariedade: a genética, para usar o termo actual.
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